25 de jun. de 2010

TODOS OS DIAS - sexta- feira

Todos os dias quando saio do comboio, na minha estação passo por pessoas que terão rotina certa e que vão pegar o transporte sempre àquela hora. Algumas pessoas acabam por se tornar familiares. A maioria não chama a atenção ou nem as percebemos. Algumas vão se tornando referência por qualquer motivo. Todos os dias vejo certa senhora, sempre bem vestida, com ar de executiva, mas o que me chamou a atenção nela é que sempre, todos os dias quando cruzo com ela pela manhã está fumando.

Aquela senhora fumadora me parece uma pessoa com boa formação. Parece ter cultura e conhecimento suficiente para saber que fumar faz mal. Certamente sabe ler e pode ver em letras bem grandes na caixa dos cigarros que compra "Fumar mata". Ela sabe disso, mas no entanto, todos os dias de modo sistemático fuma logo de manhã. Imagino que já tenha tentado parar, ou talvez seja daquelas pessoas que já nem tenta. Imagino como começou esse hábito, talvez por mera brincadeira ou tentativa de afirmação. A verdade é que agora é um vício. Vicio gastador, empobrecedor, mal cheiroso e eventualmente fatal, do qual não se consegue livrar.

Nós humanos temos, por um lado, facilidade em adquirir vícios, e por outro, dificuldade em vencer mesmo os que sabemos ser maus para nós. Nos acostumamos a fazer coisas que sabemos ser prejudiciais e parecermos não ter a capacidade de as modificar. Pode ser que não estejamos viciados em cigarro mas temos outras manias. Por exemplo: falar precipitadamente, ser crítico em excesso, reclamar da vida, do governo de tudo criando um ambiente negativo, fazer nosso trabalho de ânimo leve sem aplicação, tirar vantagem dos outros, etc. (use sua imaginação).

Sabemos que essas coisas são más. Sabemos que nos prejudicam e prejudicam os outros ao nosso redor, mas continuamos. Parece que aquela palavra negativa, aquele comentário ruim, aquela piada de mal gosto escapa de nossos lábios e logo fica o gosto amargo de termos feito ou falado o que não devíamos. É como se enchêssemos o ar com a baforada de um cigarro fedorento. Mas, as vezes, ainda pior porque magoa o coração e não apenas os pulmões...

Palavras erradas, atitudes precipitadas, gestos impensados, deveriam vir também com o rótulo "Isso Mata". Mata amizades, mata a disposição, elimina a esperança, murcha a alegria, tira o ânimo. Somos capazes de entender que o cigarro mata. Aprendamos a ver aquilo que em nós tem sido prejuízo e em nome do Senhor lutemos e vençamos. Podemos e devemos faze-lo. Vamos jogar fora o vício e clarear o ambiente.

Para meditar: "Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade e assim transmita graça aos que a ouvem" Efésios 4:29

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